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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Entrevista do Jornal da Madeira ao Prof. António Antunes (Escola da Torre)


Jornal da Madeira / Desporto / 2009-05-09

A malta adere e... adora as Multi-actividades do mar à “serra”



Não se trata propriamente de uma novidade nos Jogos Escolares mas não será por isso que não deixará de constituir mais uma aposta ganha do Gabinete do Desporto Escolar, liderado por António Jorge Andrade.Falamos da modalidade Multi-Actividades Outdoor que teve início no ano transacto e que transitou, com naturalidade, para a presente edição.Ontem, a reportagem do JORNAL deslocou-se à Praia do Vagrant para ver de perto o decorrer das mesmas e pôde constatar a diferença existente para o tipo de trabalho que estamos mais habituados a ver, que também é salutar, praticada com mais alicerces na competição, feita em pavihões, polidesportivos ou mesmo em estádios como o dos Barreiros.No Vagrant tudo era diferente ou quase... Existe uma componente onde se busca igualmente o resultado do jogo, promove-se igualmente o convívio que também se estabelece em outros espaços mas como nos disse o professor/responsável da Escola da Torre de Câmara de Lobos, António Antunes, “é diferente, utilizando meios distintos daqueles a que estão habituados ao longo do ano”. São actividades “enriquecedoras”, porque fornecem, para além do gosto que é geral, outras (novas) nuances.António Antunes congratula-se com o facto dos seus alunos terem, assim, acesso a actividades tão distintas como a canoagem, slide, orientação, BTT, vela ou a escalada que não estão integradas no quadro da oferta desportiva diária escolar, relevando o cenário de alguma carência, associada ao concelho a que pertencem (Câmara de Lobos).“Eles são muito habilidosos, mesmo em actividades que são novas como estas”, exemplificando com a escalada. “Sobem muito bem as paredes”, num exercício de boa execução extensivo a outros vectores como a canoagem ou a vela que resulta, exalta, da experiência prática e diária de alguns destes elementos com o cais de Câmara de Lobos, conseguindo disfarçar algumas insuficiências técnicas normais com a vontade e outros factores de motivação adicional.Margarida, Carlota, Janyra, Mariana, Wilson, David, Marco, Filipe, Manuel, Herculano, Sara, Nélio, Milton, Tiago Alexis, Tiago Rocha, Inácio, Laura, Micaela, Daniela, Daniel, Miguel, Barradas, Fátima, Guilherme e Sebastião são os nomes das 25 crianças que ontem estavam a fazer e a preparar outras actividades de mar e que estiveram também na orientação (Quinta Magnólia), BTT (Parque de Santa Catarina), escalada e slide (ambas no Estádio dos Barreiros) iniciando esta “caminhada” na quarta-feira, num grupo composto por infantis e iniciados e com alguns lugares honrosos, como a vitória de Herculano na orientação, em infantis, ou os segundos lugares nos iniciados femininos e masculinos.E que diferenças se podem notar entre o Campanário e Câmara de Lobos no exercício docente, perguntamos? António Antunes viveu essas duas realidades e não tem dúvidas que Câmara de Lobos “tem muito mais participação, se bem que a própria escola também seja maior. Há muitas dificuldades cognitivas que são superadas, de certa forma, pelo Desporto”.
Manuel faz tudo de polegar partido...!
Quem também diz de sua justiça é o jovem Manuel Sousa, de 12 anos. Que, imagine-se, partiu o dedo polegar no dia 24 de Abril, mas que nem isso obstou a que pudesse marcar presença nos Jogos, competindo em várias disciplinas. “Gostei mais do BTT e da orientação”, acentua com o colega Filipe a acrescentar “não ser aborrecido. A esta hora estava a ter matemática, História ou Ciências (da Natureza)...” Pois... Wilson, à espreita de uma “aberta” atira: “devia ser duas semanas de Jogos”. Filipe acrescenta “um ano”. Mas é o Manuel a “voltar” ao “normal”, referindo que o slide “foi mais fácil”, acrescentando “nada” ter sido “complicado”. Esclarecedor porque quem corre por gosto não cansa.




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